Mahatma Gandhi lutou sua vida inteira, mas conseguiu libertar a Índia do domínio inglês. Quando lhe disseram que era um dos maiores nomes surgidos na história universal, respondeu:
“Nada tenho de novo para ensinar ao mundo. A verdade e a não violência são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticá-las na escala mais vasta que me é possível. Assim fazendo, errei algumas vezes e aprendi com meus erros.
Os que acreditam nas verdades simples que procurei mostrar, só podem divulgá-las se viverem de acordo com elas. Estou absolutamente convencido de que qualquer homem ou mulher pode realizar o que realizei, se fizer o mesmo esforço e cultivar a mesma esperança e fé.”
domingo, janeiro 31, 2010
sábado, janeiro 30, 2010
Decidindo o destino alheio
Malba Tahan conta a história de um homem que encontrou um anjo no deserto, e lhe deu água. “Sou o anjo da morte e vim buscá-lo”, disse o anjo. “Mas como você foi bom, vou lhe emprestar o Livro do Destino por cinco minutos; você pode alterar o que quiser”.
O anjo entregou o livro. Ao folhear suas páginas, o homem foi lendo a vida dos seus vizinhos. Ficou descontente: “estas pessoas não merecem coisas tão boas”, pensou.
De caneta em punho, começou piorar a vida de cada um. Finalmente, chegou na página de seu destino. Viu seu final trágico, mas quando preparava-se para mudá-lo, o livro sumiu. Já havia passado cinco minutos.
E o anjo, ali mesmo, levou a alma do homem.
O anjo entregou o livro. Ao folhear suas páginas, o homem foi lendo a vida dos seus vizinhos. Ficou descontente: “estas pessoas não merecem coisas tão boas”, pensou.
De caneta em punho, começou piorar a vida de cada um. Finalmente, chegou na página de seu destino. Viu seu final trágico, mas quando preparava-se para mudá-lo, o livro sumiu. Já havia passado cinco minutos.
E o anjo, ali mesmo, levou a alma do homem.
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Por que Deus não nos ajudou
Mestre e discípulo caminham pelos desertos da Arábia. O Mestre aproveita cada momento da viagem para ensinar ao discípulo sobre a fé.
- Confie suas coisas a Deus – dizia.
– Porque Ele jamais abandona seus filhos.
De noite, ao acamparem, o Mestre pediu que o discípulo amarrasse os cavalos numa rocha próxima. O discípulo foi até a rocha, mas se lembrou do que aprendera durante aquela tarde. “O Mestre deve estar me testando. Na verdade, devo confiar os cavalos a Deus”. E deixou os cavalos soltos.
De manhã, descobriu que os animais haviam fugido. Revoltado, procurou o Mestre.
- O senhor não entende nada sobre Deus! Ontem aprendi que devia confiar cegamente na Providência, entreguei a Ele a guarda dos cavalos, e os animais desapareceram!
Deus queria cuidar dos cavalos – respondeu o Mestre.
- Mas, naquele momento, Ele precisava de suas mãos para amarrá-los, e você não as emprestou.
- Confie suas coisas a Deus – dizia.
– Porque Ele jamais abandona seus filhos.
De noite, ao acamparem, o Mestre pediu que o discípulo amarrasse os cavalos numa rocha próxima. O discípulo foi até a rocha, mas se lembrou do que aprendera durante aquela tarde. “O Mestre deve estar me testando. Na verdade, devo confiar os cavalos a Deus”. E deixou os cavalos soltos.
De manhã, descobriu que os animais haviam fugido. Revoltado, procurou o Mestre.
- O senhor não entende nada sobre Deus! Ontem aprendi que devia confiar cegamente na Providência, entreguei a Ele a guarda dos cavalos, e os animais desapareceram!
Deus queria cuidar dos cavalos – respondeu o Mestre.
- Mas, naquele momento, Ele precisava de suas mãos para amarrá-los, e você não as emprestou.
quinta-feira, janeiro 28, 2010
A arrogância do poder
Mestre e discípulo conversavam numa esquina, quando uma velha os abordou:
“Saiam da frente da minha vitrine!”, gritou a velha. “Vocês estão atrapalhando os fregueses”.
O mestre pediu desculpas, e mudou de calçada.
Continuaram a conversa, quando um oficial aproximou-se.
“Precisamos que o senhor se afaste desta calçada”, disse o oficial. “O conde irá passar por aqui daqui a pouco”.
“Que o conde use o outro lado da rua”, respondeu o mestre, sem se mover.
Depois se virou para seu discípulo:
“Não esqueça: jamais seja arrogante com os humildes. E jamais seja humilde com os arrogantes”.
“Saiam da frente da minha vitrine!”, gritou a velha. “Vocês estão atrapalhando os fregueses”.
O mestre pediu desculpas, e mudou de calçada.
Continuaram a conversa, quando um oficial aproximou-se.
“Precisamos que o senhor se afaste desta calçada”, disse o oficial. “O conde irá passar por aqui daqui a pouco”.
“Que o conde use o outro lado da rua”, respondeu o mestre, sem se mover.
Depois se virou para seu discípulo:
“Não esqueça: jamais seja arrogante com os humildes. E jamais seja humilde com os arrogantes”.
sábado, janeiro 23, 2010
Alimentar o jacaré
Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade. Pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias garotas nuas se banhando na lagoa. Quando elas percebem a presença do fazendeiro, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam: - "Nós não vamos sair daqui enquanto o Senhor não parar de nos espiar e for embora !" O fazendeiro responde: - "Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés !" Moral da História: A criatividade e a rapidez de raciocínio são o que fazem a diferença quando queremos atingir nossos objetivos.
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Deixe sempre o seu chefe falar primeiro
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada à óleo. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio. O gênio diz: "Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês". "Eu primeiro, eu primeiro !"- grita um dos funcionários. "Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!" Puf ! e ele se foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:" Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!" Puf ! e ele se foi. "Agora você" diz o gênio para o Gerente. " Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço ! " Moral da História: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Um homem no chuveiro
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair dele e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem vai atender a porta, a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Pedro em pé na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisaPedro diz: "Eu lhe dou R$ 800,00 se você deixar cair esta toalha!" Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Pedro então entrega a ela os R$ 800,00 prometidos e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro: -"Quem era?" "Era o Pedro, o vizinho da casa ao lado." - diz ela. O marido pergunta - " Ótimo! Ele lhe deu os R$ 800,00 que estava me devendo? " Moral da história: Se você compartilha as informações à tempo, você pode prevenir "exposições" desnecessárias!!!
quarta-feira, janeiro 20, 2010
A história das duas rãs
Existem certas horas em que a paciência – por mais difícil que seja – é a única maneira de suportar determinados problemas. A famosa história a seguir ilustra bem a virtude de saber esperar.
Duas rãs caíram dentro de uma jarra de leite. Uma era grande e forte, mas impaciente, e confiando na sua forma física, lutou a noite inteira, debatendo-se para escapar. A outra rã era pequena e frágil. Como sabia que não teria energia para lutar contra seu destino, resolveu entregar-se. Com suas patas, fez apenas os movimentos necessários para manter-se na superfície, sabendo que cedo ou tarde iria morrer.
“Quando não se pode fazer nada, nada se deve fazer” pensava ela.
E assim as duas passaram a noite – uma na tentativa desesperada de salvar-se, a outra aceitando com tranquilidade à ideia da morte. Exausta com o esforço, a rã maior não aguentou e morreu afogada. A outra rã conseguiu boiar a noite inteira – e quando, na manhã seguinte, resolveu entregar-se, reparou que os movimentos de sua companheira haviam transformado o leite em manteiga. Tudo o que teve de fazer foi pular para fora da jarra.
Duas rãs caíram dentro de uma jarra de leite. Uma era grande e forte, mas impaciente, e confiando na sua forma física, lutou a noite inteira, debatendo-se para escapar. A outra rã era pequena e frágil. Como sabia que não teria energia para lutar contra seu destino, resolveu entregar-se. Com suas patas, fez apenas os movimentos necessários para manter-se na superfície, sabendo que cedo ou tarde iria morrer.
“Quando não se pode fazer nada, nada se deve fazer” pensava ela.
E assim as duas passaram a noite – uma na tentativa desesperada de salvar-se, a outra aceitando com tranquilidade à ideia da morte. Exausta com o esforço, a rã maior não aguentou e morreu afogada. A outra rã conseguiu boiar a noite inteira – e quando, na manhã seguinte, resolveu entregar-se, reparou que os movimentos de sua companheira haviam transformado o leite em manteiga. Tudo o que teve de fazer foi pular para fora da jarra.
Pagando três vezes pela mesma coisa
Conta uma lenda da região do Punjab que um ladrão entrou numa fazenda e roubou duzentas cebolas. Antes de conseguir fugir, foi preso pelo dono do lugar, que o levou diante do juiz.
O magistrado pronunciou a sentença: pagar dez moedas de ouro. Mas o homem alegou que era uma multa muito alta, e o juiz, então, resolveu oferecer-lhe mais duas alternativas; receber vinte chibatadas ou comer as duzentas cebolas.
O ladrão resolveu comer as duzentas cebolas. Quando chegou na vigésima-quinta, seus olhos estavam inchados de tanto chorar e o estômago queimava como o fogo do inferno. Como ainda faltavam 175, e viu que não aguentaria o castigo, ele pediu para receber as vinte chibatadas.
O juiz concordou. Quando o chicote bateu em suas costas pela décima vez, ele implorou para que parassem de castigá-lo, porque não suportava a dor. O pedido foi obedecido, mas o ladrão teve que pagar as dez moedas de ouro.
– Se você aceitasse a multa, teria evitado comer as cebolas e não sofreria com o chicote – disse o juiz. – Mas preferiu o caminho mais difícil, sem entender que, quando se faz algo errado, é melhor pagar logo e esquecer o assunto.
O magistrado pronunciou a sentença: pagar dez moedas de ouro. Mas o homem alegou que era uma multa muito alta, e o juiz, então, resolveu oferecer-lhe mais duas alternativas; receber vinte chibatadas ou comer as duzentas cebolas.
O ladrão resolveu comer as duzentas cebolas. Quando chegou na vigésima-quinta, seus olhos estavam inchados de tanto chorar e o estômago queimava como o fogo do inferno. Como ainda faltavam 175, e viu que não aguentaria o castigo, ele pediu para receber as vinte chibatadas.
O juiz concordou. Quando o chicote bateu em suas costas pela décima vez, ele implorou para que parassem de castigá-lo, porque não suportava a dor. O pedido foi obedecido, mas o ladrão teve que pagar as dez moedas de ouro.
– Se você aceitasse a multa, teria evitado comer as cebolas e não sofreria com o chicote – disse o juiz. – Mas preferiu o caminho mais difícil, sem entender que, quando se faz algo errado, é melhor pagar logo e esquecer o assunto.
terça-feira, janeiro 19, 2010
Três golpes precisos
- Como posso saber a melhor maneira de agir na vida? – perguntou o discípulo ao mestre.
O mestre pediu que construísse uma mesa.
O discípulo cravava os pregos com três golpes precisos. Um prego, porém, estava mais difícil e o discípulo precisou dar mais um golpe. O quarto golpe enterrou o prego fundo demais, e a madeira foi atingida.
-Sua mão estava acostumada com três marteladas – disse o mestre.
– Você se acostumou com o que fazia e perdeu a habilidade.
“Quando qualquer ação passa a ser apenas um hábito, ela deixa de ter sentido, e pode terminar causando dano. Cada ação é uma ação, e só existe um segredo: jamais deixe que o hábito comande seus movimentos”.
O mestre pediu que construísse uma mesa.
O discípulo cravava os pregos com três golpes precisos. Um prego, porém, estava mais difícil e o discípulo precisou dar mais um golpe. O quarto golpe enterrou o prego fundo demais, e a madeira foi atingida.
-Sua mão estava acostumada com três marteladas – disse o mestre.
– Você se acostumou com o que fazia e perdeu a habilidade.
“Quando qualquer ação passa a ser apenas um hábito, ela deixa de ter sentido, e pode terminar causando dano. Cada ação é uma ação, e só existe um segredo: jamais deixe que o hábito comande seus movimentos”.
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Uma lenda do Polo Norte
Conta uma lenda esquimó que na aurora do mundo não havia qualquer diferença entre homens e animais: todas as criaturas viviam em harmonia sobre a face da Terra, e cada uma podia transformar-se na outra, a fim de entendê-la melhor. Os homens viravam peixes, os peixes viravam homens, e todos falavam a mesma língua.
“Nesta época”, continua a lenda, “as palavras eram mágicas, e o mundo espiritual distribuía fartamente suas bênçãos. Uma frase dita ao acaso podia ter estranhas consequências; bastava pronunciar um desejo que este se realizava”.
Foi então que todas as criaturas começaram a abusar deste poder. A confusão se instalou, e a sabedoria se perdeu.
“Mas a palavra continua mágica, e a sabedoria ainda concede o dom de fazer milagres a todos que a respeitam”, conclui a lenda.
“Nesta época”, continua a lenda, “as palavras eram mágicas, e o mundo espiritual distribuía fartamente suas bênçãos. Uma frase dita ao acaso podia ter estranhas consequências; bastava pronunciar um desejo que este se realizava”.
Foi então que todas as criaturas começaram a abusar deste poder. A confusão se instalou, e a sabedoria se perdeu.
“Mas a palavra continua mágica, e a sabedoria ainda concede o dom de fazer milagres a todos que a respeitam”, conclui a lenda.
domingo, janeiro 17, 2010
A água da loucura
Um poderoso feiticeiro querendo destruir um reino, colocou uma poção mágica no poço onde todos os seus habitantes bebiam. Quem tomasse aquela água, ficaria louco.
Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e todos enlouqueceram. O rei – que tinha um poço só para si e sua família, onde o feiticeiro não conseguira entrar – tentou controlar a população. Baixou uma série de medidas de segurança e saúde pública, mas não havia mais policiais ou inspetores, pois eles também haviam bebido a água envenenada.
Quando os habitantes daquele reino tomaram conhecimento dos decretos, ficaram convencidos de que o rei enlouquecera, e agora estava escrevendo coisas sem sentido. Aos gritos, foram até o castelo e exigiram que renunciasse à coroa.
Desesperado, o rei prontificou-se a deixar o trono, mas a rainha o impediu, dizendo: “vamos agora até a fonte, e beberemos também. Assim, ficaremos iguais a eles”.
E assim foi feito: o rei e a rainha beberam a água da loucura, e começaram imediatamente a dizer coisas sem sentido. Na mesma hora, os seus súditos se arrependeram: agora que o rei estava mostrando tanta sabedoria, por que não deixá-lo governando o país?
O país continuou em calma, embora seus habitantes se comportassem de maneira muito diferente de seus vizinhos. E o rei pode governar até o final dos seus dias.
Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e todos enlouqueceram. O rei – que tinha um poço só para si e sua família, onde o feiticeiro não conseguira entrar – tentou controlar a população. Baixou uma série de medidas de segurança e saúde pública, mas não havia mais policiais ou inspetores, pois eles também haviam bebido a água envenenada.
Quando os habitantes daquele reino tomaram conhecimento dos decretos, ficaram convencidos de que o rei enlouquecera, e agora estava escrevendo coisas sem sentido. Aos gritos, foram até o castelo e exigiram que renunciasse à coroa.
Desesperado, o rei prontificou-se a deixar o trono, mas a rainha o impediu, dizendo: “vamos agora até a fonte, e beberemos também. Assim, ficaremos iguais a eles”.
E assim foi feito: o rei e a rainha beberam a água da loucura, e começaram imediatamente a dizer coisas sem sentido. Na mesma hora, os seus súditos se arrependeram: agora que o rei estava mostrando tanta sabedoria, por que não deixá-lo governando o país?
O país continuou em calma, embora seus habitantes se comportassem de maneira muito diferente de seus vizinhos. E o rei pode governar até o final dos seus dias.
sábado, janeiro 16, 2010
Está chovendo, e eu posso sair?
Conta uma velha história budista: um homem vai passando por uma aldeia, em pleno temporal, e de repente vê uma casa pegando fogo. Ao se aproximar, nota um outro homem – (a fábula usa uma bela imagem: “com fogo até nas sobrancelhas”) – que grita em sua direção:
- Está chovendo?
O viajante fica surpreso.
- Sua casa está pegando fogo! – diz.
- Preciso saber se está chovendo. Minha mãe me disse que a chuva pode nos trazer pneumonia.
Zao Chi comenta sobre a fábula: “sábio é o homem que consegue mudar de situação quando se vê forçado a isto. Tolo é o homem que não confia na mão de Deus, apenas nas respostas de seu semelhante”.
- Está chovendo?
O viajante fica surpreso.
- Sua casa está pegando fogo! – diz.
- Preciso saber se está chovendo. Minha mãe me disse que a chuva pode nos trazer pneumonia.
Zao Chi comenta sobre a fábula: “sábio é o homem que consegue mudar de situação quando se vê forçado a isto. Tolo é o homem que não confia na mão de Deus, apenas nas respostas de seu semelhante”.
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Seguindo a consciência
Depois de muitos anos de governo, o rei Arthur voltou à presença do mago Merlin, seu instrutor.
- Procurei seguir minha consciência em todos os atos de meu governo – disse. – Espero que esteja satisfeito.
- Como trataste quem não acreditava em Deus? – perguntou Merlin.
- Com a severidade que merecem os incrédulos.
- E os que não honravam seus compromissos?
- Com a prisão, para não desmoralizar o trabalho de gente honesta.
- E como trataste as prostitutas?
- Com repressão, para evitar que o país perdesse a dignidade e a moral.
- Você não entendeu nada do que ensinei – foi o triste comentário de Merlin. – Precisava ajudar os mais fracos, mas tudo que fez foi seguir o manual do bom comportamento.
- Procurei seguir minha consciência em todos os atos de meu governo – disse. – Espero que esteja satisfeito.
- Como trataste quem não acreditava em Deus? – perguntou Merlin.
- Com a severidade que merecem os incrédulos.
- E os que não honravam seus compromissos?
- Com a prisão, para não desmoralizar o trabalho de gente honesta.
- E como trataste as prostitutas?
- Com repressão, para evitar que o país perdesse a dignidade e a moral.
- Você não entendeu nada do que ensinei – foi o triste comentário de Merlin. – Precisava ajudar os mais fracos, mas tudo que fez foi seguir o manual do bom comportamento.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
A História de Viscos
Há muitos anos, um ermitão — que mais tarde seria conhecido como São Savin — morava numa das cavernas de Viscos, uma das pequenas cidades dos Pirineus.
Naquela época, Viscos era apenas um posto na fronteira, povoada por bandidos foragidos da justiça, contrabandistas, prostitutas, aventureiros que vinham em busca de cúmplices, assassinos que ali descansavam entre um crime e outro. O pior deles, um árabe chamado Ahab controlava a cidade e os seus arredores, cobrando impostos extorsivos dos agricultores que ainda insistiam em viver de maneira digna.
Um dia, Savin desceu da caverna, chegou à casa de Ahab, e pediu para pernoitar. Ahab riu:
“Você não sabe que sou um assassino, que já degolei várias pessoas em minha terra, e que sua vida não vale nada para mim?”
‘Sei’, respondeu Savin. “Mas estou cansado de viver naquela caverna. Gostaria de passar, pelo menos, uma noite aqui”.
Ahab conhecia a fama do santo, que era tão grande quanto a sua, e isso o incomodava — porque não gostava de ver sua glória dividida com alguém tão frágil. De modo que resolveu matá-lo aquela mesma noite, para mostrar a todos quem era o único e verdadeiro dono do lugar.
Conversaram um pouco. Ahab ficou impressionado com as palavras do santo, mas era um homem desconfiado, e já não acreditava mais no Bem. Indicou um lugar para que Savin pudesse deitar-se, e ficou amolando sua faca, ameaçadoramente. Savin, depois de observá-lo por alguns momentos, fechou os olhos e dormiu.
Ahab amolou a faca a noite inteira. De manhã, quando Savin acordou, encontrou-o aos prantos ao seu lado.
“Você não teve medo de mim, e nem me julgou. Pela primeira vez, alguém passou a noite ao meu lado confiando que eu poderia ser um homem bom, capaz de dar hospedagem aos que necessitam. Porque você acreditou que eu podia agir direito, eu assim agi”.
A partir daquele momento, Ahab abandonou sua vida criminosa, e começou a transformar a região. Foi então que Viscos deixou de ser um posto fronteiriço, cheio de marginais, para tornar-se uma cidade importante no comércio entre dois países.
Naquela época, Viscos era apenas um posto na fronteira, povoada por bandidos foragidos da justiça, contrabandistas, prostitutas, aventureiros que vinham em busca de cúmplices, assassinos que ali descansavam entre um crime e outro. O pior deles, um árabe chamado Ahab controlava a cidade e os seus arredores, cobrando impostos extorsivos dos agricultores que ainda insistiam em viver de maneira digna.
Um dia, Savin desceu da caverna, chegou à casa de Ahab, e pediu para pernoitar. Ahab riu:
“Você não sabe que sou um assassino, que já degolei várias pessoas em minha terra, e que sua vida não vale nada para mim?”
‘Sei’, respondeu Savin. “Mas estou cansado de viver naquela caverna. Gostaria de passar, pelo menos, uma noite aqui”.
Ahab conhecia a fama do santo, que era tão grande quanto a sua, e isso o incomodava — porque não gostava de ver sua glória dividida com alguém tão frágil. De modo que resolveu matá-lo aquela mesma noite, para mostrar a todos quem era o único e verdadeiro dono do lugar.
Conversaram um pouco. Ahab ficou impressionado com as palavras do santo, mas era um homem desconfiado, e já não acreditava mais no Bem. Indicou um lugar para que Savin pudesse deitar-se, e ficou amolando sua faca, ameaçadoramente. Savin, depois de observá-lo por alguns momentos, fechou os olhos e dormiu.
Ahab amolou a faca a noite inteira. De manhã, quando Savin acordou, encontrou-o aos prantos ao seu lado.
“Você não teve medo de mim, e nem me julgou. Pela primeira vez, alguém passou a noite ao meu lado confiando que eu poderia ser um homem bom, capaz de dar hospedagem aos que necessitam. Porque você acreditou que eu podia agir direito, eu assim agi”.
A partir daquele momento, Ahab abandonou sua vida criminosa, e começou a transformar a região. Foi então que Viscos deixou de ser um posto fronteiriço, cheio de marginais, para tornar-se uma cidade importante no comércio entre dois países.
quarta-feira, janeiro 13, 2010
De escolher
O guerreiro sempre sabe do que é capaz. Não precisa sair pelo mundo alardeando suas qualidades e virtudes.Entretanto - como no velho oeste – a todo o momento aparece alguém querendo provar que é melhor que ele.
O guerreiro sabe que não existe “melhor” nem “pior”: existe um caminho a ser percorrido com dignidade, e isto é tudo.
Mas certas pessoas insistem. Provocam, ofendem, fazem de tudo para irritá-lo. Neste momento, o coração do guerreiro diz: “não revide. Isto não vai aumentar a sua habilidade. Você vai se cansar à toa”.
Um guerreiro da luz não perde tempo escutando provocações. Ele tem um destino a ser cumprido.
O guerreiro sabe que não existe “melhor” nem “pior”: existe um caminho a ser percorrido com dignidade, e isto é tudo.
Mas certas pessoas insistem. Provocam, ofendem, fazem de tudo para irritá-lo. Neste momento, o coração do guerreiro diz: “não revide. Isto não vai aumentar a sua habilidade. Você vai se cansar à toa”.
Um guerreiro da luz não perde tempo escutando provocações. Ele tem um destino a ser cumprido.
terça-feira, janeiro 12, 2010
O verdadeiro respeito
Durante a evangelização no Japão, um missionário foi preso por samurais.
-Se quiser continuar vivo, amanhã terá que pisar a imagem de Cristo, diante de todos – disseram os guerreiros.
O missionário foi dormir, sem nenhuma dúvida no coração: jamais cometeria tal sacrilégio, e estava preparado para o martírio.
Acordou no meio da noite, e ao levantar-se da cama, tropeçou num homem que dormia no chão. Quase caiu para trás: era Jesus Cristo em pessoa!
-Agora que já pisou em mim, vá lá fora e pise na minha imagem – disse Jesus. -Porque lutar por uma ideia é muito mais importante que a vaidade de um sacrifício.
-Se quiser continuar vivo, amanhã terá que pisar a imagem de Cristo, diante de todos – disseram os guerreiros.
O missionário foi dormir, sem nenhuma dúvida no coração: jamais cometeria tal sacrilégio, e estava preparado para o martírio.
Acordou no meio da noite, e ao levantar-se da cama, tropeçou num homem que dormia no chão. Quase caiu para trás: era Jesus Cristo em pessoa!
-Agora que já pisou em mim, vá lá fora e pise na minha imagem – disse Jesus. -Porque lutar por uma ideia é muito mais importante que a vaidade de um sacrifício.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
Nossos diamantes
Certa vez, um homem caminhava pela praia numa noite de lua a cheia. Pensava desta forma:
- se tivesse um carro novo, seria feliz;
- se tivesse uma casa grande, seria feliz;
- se tivesse um excelente trabalho, seria feliz;
- se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz...
...quando tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras. Ele começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia:
- Seria feliz se tivesse... seria feliz se tivesse...
Assim o fez até que somente ficou com uma pedrinha na sacolinha, que decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-sede um diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para pensar?
Assim são as pessoas, jogam fora seus preciosos tesouros por esperarem o que acreditam ser perfeito ou desejando só o que não têm sem dar valor ao que se têm.
Cada pedrinha deve ser observada... pode ser um diamante valioso!
- se tivesse um carro novo, seria feliz;
- se tivesse uma casa grande, seria feliz;
- se tivesse um excelente trabalho, seria feliz;
- se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz...
...quando tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras. Ele começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia:
- Seria feliz se tivesse... seria feliz se tivesse...
Assim o fez até que somente ficou com uma pedrinha na sacolinha, que decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-sede um diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para pensar?
Assim são as pessoas, jogam fora seus preciosos tesouros por esperarem o que acreditam ser perfeito ou desejando só o que não têm sem dar valor ao que se têm.
Cada pedrinha deve ser observada... pode ser um diamante valioso!
domingo, janeiro 10, 2010
Ninguém muda o destino
Diante de uma batalha decisiva, o general japonês decidiu tomar a iniciativa e atacar, mesmo sabendo que o inimigo era muito mais numeroso. Embora tivesse certeza da sua estratégia, seus homens estavam temerosos.
No caminho para o confronto, resolveram parar em um templo. Depois de rezar, o general virou-se para os seus soldados:
- Vou jogar esta moeda. Se der cara, voltaremos para o acampamento. Se der coroa, isso significa que os deuses nos protegem, e que derrotaremos o inimigo. Agora, o nosso futuro será revelado.
Jogou a moeda para o alto, e os olhos ansiosos de seus soldados viram o resultado: coroa. Todos vibraram de alegria, atacaram com confiança e vigor, e puderam celebrar a vitória no final da tarde.
Orgulhoso, seu comandante veio comentar:
- Os deuses sempre estão certos. Ninguém pode mudar o destino revelado por eles.
- Você tem razão, ninguém pode mudar o destino quando estamos decididos a segui-lo. Os deuses nos ajudam, mas às vezes nós precisamos ajudá-los também. – respondeu, entregando a moeda ao seu oficial.
Os dois lados marcavam coroa.
No caminho para o confronto, resolveram parar em um templo. Depois de rezar, o general virou-se para os seus soldados:
- Vou jogar esta moeda. Se der cara, voltaremos para o acampamento. Se der coroa, isso significa que os deuses nos protegem, e que derrotaremos o inimigo. Agora, o nosso futuro será revelado.
Jogou a moeda para o alto, e os olhos ansiosos de seus soldados viram o resultado: coroa. Todos vibraram de alegria, atacaram com confiança e vigor, e puderam celebrar a vitória no final da tarde.
Orgulhoso, seu comandante veio comentar:
- Os deuses sempre estão certos. Ninguém pode mudar o destino revelado por eles.
- Você tem razão, ninguém pode mudar o destino quando estamos decididos a segui-lo. Os deuses nos ajudam, mas às vezes nós precisamos ajudá-los também. – respondeu, entregando a moeda ao seu oficial.
Os dois lados marcavam coroa.
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Lenda oriental
Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
- "Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- "Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?" - perguntou por sua vez o ancião.
- "Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz. Estou satisfeito por ter saído de lá."
A isso o velho replicou:
- "A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui."
No mesmo dia um outro jovem se acercou do Oásis para beber água e, vendo o ancião, perguntou-lhe:
- "Que tipo de pessoa vive por aqui?"
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- "Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por tê-las deixado".
- "O mesmo encontrarás por aqui"- respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho :
- "Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- "Cada um carrega em seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa em nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto".
- "Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- "Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem?" - perguntou por sua vez o ancião.
- "Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz. Estou satisfeito por ter saído de lá."
A isso o velho replicou:
- "A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui."
No mesmo dia um outro jovem se acercou do Oásis para beber água e, vendo o ancião, perguntou-lhe:
- "Que tipo de pessoa vive por aqui?"
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- "Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por tê-las deixado".
- "O mesmo encontrarás por aqui"- respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho :
- "Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- "Cada um carrega em seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa em nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto".
domingo, janeiro 03, 2010
O violinista no metrô
Aconteceu em janeiro. O jornal "The Washington Post" convidou um dos maiores violinistas do mundo, Joshua Bell, para tocar numa estação de metrô da capital americana a fim de testar a reação dos transeuntes. Desafio aceito, lá foi Bell, de jeans e camiseta, às oito da manhã, o horário mais movimentado da estação, para tocar no seu Stradivarius de 1713 (avaliado em mais de US$ 3 milhões) melodias de Bach e Schubert.
Passaram por ele 1.097 pessoas. Sete pararam alguns minutos para ouvi-lo. Vinte e sete largaram algumas moedas. E uma única mulher o reconheceu, porque havia estado em um de seus concertos, cujo valor médio do ingresso é US$ 100. Todos os outros usuários do metrô estavam com pressa demais para perceber que ali, a dois metros de distância, tocava um instrumentista clássico respeitado internacionalmente.
Não me surpreende. Vasos da dinastia Ching, de valor incalculável, seriam considerados quinquilharias se misturados a quaisquer outros numa feira de artesanato ao ar livre. Uma jóia do Antonio Bernardo correria risco de ser ignorada se fosse exposta numa lojinha de bijuterias, uma gravura de Roy Lichtenstein seria considerada amadora se exposta numa mostra universitária de cartoons e ninguém pagaria mais de R$ 40 por uma escultura do mestre Aleijadinho que estivesse misturada a anjos de gesso vendidos em beira de estrada.
Desinformados, raramente conseguimos destacar o raro do medíocre.
Só é possível valorizar aquilo que foi estudado e percebido em sua grandeza. Se não me informo sobre o valor histórico de uma moeda que circulava na época dos otomanos, ela passa a ser apenas uma pequena esfera enferrujada que eu não juntaria do chão.
Se não conheço o significado que teve uma muralha para a defesa dos grandes impérios, ela vira apenas um muro passível de pichação. Se não reconheço certos traços artísticos, um vitral de Chagall passará tão despercebido como o vitral de um banheiro de restaurante. Podemos viver muito bem sem cultura, mas a vida perde em encantamento.
Essa história do violinista demonstra que não estamos preparados para a beleza pura: é preciso um mínimo de conhecimento para valorizá-la. E demonstra também que temos sido treinados para gostar do que todo mundo conhece. Se uma atriz é muito comentada, se uma peça é muito badalada, se uma música é muito tocada no rádio, estabelece-se que elas são um sucesso e ninguém questiona. São consumidas mais pela insistência do que pela competência, enquanto competentes sem holofotes passam despercebidos.
Gostaria muito de ter circulado pela estação em que tocava Joshua Bell. Não por admirá-lo: pra ser franca, nunca ouvi falar desse cara. O que eu queria era testar minha capacidade de ficar extasiada sem estímulo prévio. Descobrir se ainda consigo destacar o raro sem que ninguém o anuncie. Tenho a impressão de que eu pararia para escutá-lo, mas talvez esteja sendo otimista.
Vai ver eu também passaria apressada, sem me dar conta do tamanho do meu atraso.
Passaram por ele 1.097 pessoas. Sete pararam alguns minutos para ouvi-lo. Vinte e sete largaram algumas moedas. E uma única mulher o reconheceu, porque havia estado em um de seus concertos, cujo valor médio do ingresso é US$ 100. Todos os outros usuários do metrô estavam com pressa demais para perceber que ali, a dois metros de distância, tocava um instrumentista clássico respeitado internacionalmente.
Não me surpreende. Vasos da dinastia Ching, de valor incalculável, seriam considerados quinquilharias se misturados a quaisquer outros numa feira de artesanato ao ar livre. Uma jóia do Antonio Bernardo correria risco de ser ignorada se fosse exposta numa lojinha de bijuterias, uma gravura de Roy Lichtenstein seria considerada amadora se exposta numa mostra universitária de cartoons e ninguém pagaria mais de R$ 40 por uma escultura do mestre Aleijadinho que estivesse misturada a anjos de gesso vendidos em beira de estrada.
Desinformados, raramente conseguimos destacar o raro do medíocre.
Só é possível valorizar aquilo que foi estudado e percebido em sua grandeza. Se não me informo sobre o valor histórico de uma moeda que circulava na época dos otomanos, ela passa a ser apenas uma pequena esfera enferrujada que eu não juntaria do chão.
Se não conheço o significado que teve uma muralha para a defesa dos grandes impérios, ela vira apenas um muro passível de pichação. Se não reconheço certos traços artísticos, um vitral de Chagall passará tão despercebido como o vitral de um banheiro de restaurante. Podemos viver muito bem sem cultura, mas a vida perde em encantamento.
Essa história do violinista demonstra que não estamos preparados para a beleza pura: é preciso um mínimo de conhecimento para valorizá-la. E demonstra também que temos sido treinados para gostar do que todo mundo conhece. Se uma atriz é muito comentada, se uma peça é muito badalada, se uma música é muito tocada no rádio, estabelece-se que elas são um sucesso e ninguém questiona. São consumidas mais pela insistência do que pela competência, enquanto competentes sem holofotes passam despercebidos.
Gostaria muito de ter circulado pela estação em que tocava Joshua Bell. Não por admirá-lo: pra ser franca, nunca ouvi falar desse cara. O que eu queria era testar minha capacidade de ficar extasiada sem estímulo prévio. Descobrir se ainda consigo destacar o raro sem que ninguém o anuncie. Tenho a impressão de que eu pararia para escutá-lo, mas talvez esteja sendo otimista.
Vai ver eu também passaria apressada, sem me dar conta do tamanho do meu atraso.
sexta-feira, janeiro 01, 2010
Fé no futuro
O pessimismo pode até evitar que a gente cometa algumas besteiras, mas não leva ninguém para frente. Aliás, não leva a lugar nenhum, porque nos deixa paralisados. E com isso desequilibra a balança da auto-estima. Segundo os especialistas em comportamento, pessoas emocionalmente estáveis, que encaram a vida com esperança, são aquelas que... não generalizam o que deu errado, achando que são azaradas e que nada mais vai dar certo.
...não vivem se culpando por tudo.
...procuram estar cercadas por pessoas positivas, cheias de energia e que riem bastante.
... concentram-se na solução dos problemas, não nos problemas.
E não se queixam sem motivo.
...sempre olham o lado bom das coisas, direcionando o foco para o que funciona.
...gostam de si mesmas, comemoram e falam sobre suas conquistas com naturalidade.
...não enxergam somente as qualidades alheias. As outras pessoas também não são perfeitas.
...não têm medo de demonstrar amor com gestos e palavras.
...não levam tudo a sério (o bom humor dissipa tensões).
...agem em vez de ficar se lamentando da falta de sorte.
...quando querem alguma coisa, vão à luta e não desistem diante da primeira dificuldade. Nem da segunda, terceira ou quarta.
...são pacientes com os outros e consigo também.
Faça parte desse time, você também!
Acredite.
...não vivem se culpando por tudo.
...procuram estar cercadas por pessoas positivas, cheias de energia e que riem bastante.
... concentram-se na solução dos problemas, não nos problemas.
E não se queixam sem motivo.
...sempre olham o lado bom das coisas, direcionando o foco para o que funciona.
...gostam de si mesmas, comemoram e falam sobre suas conquistas com naturalidade.
...não enxergam somente as qualidades alheias. As outras pessoas também não são perfeitas.
...não têm medo de demonstrar amor com gestos e palavras.
...não levam tudo a sério (o bom humor dissipa tensões).
...agem em vez de ficar se lamentando da falta de sorte.
...quando querem alguma coisa, vão à luta e não desistem diante da primeira dificuldade. Nem da segunda, terceira ou quarta.
...são pacientes com os outros e consigo também.
Faça parte desse time, você também!
Acredite.
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